Jogar fora alimentos após a data de validade é uma prática comum entre muitos consumidores. No entanto, isso pode nem sempre ser necessário. Isso porque alguns produtos mantêm suas propriedades e segurança para consumo, mesmo após a data indicada na embalagem.
De acordo com a Associação de Fabricantes e Distribuidores (AECOC), da Espanha, 67% dos consumidores ainda consomem alimentos vencidos ocasionalmente, confiando em sua aparência e cheiro.
Esse fato demonstra que muitos já percebem a diferença entre a data de validade e o prazo de consumo preferencial.
Entendendo as etiquetas: validade e consumo preferencial
A Comissão Europeia aponta que 10% do desperdício de alimentos ocorre por falta de compreensão das etiquetas.
A data de validade indica a segurança do produto até uma certa data, enquanto o prazo de consumo preferencial refere-se à qualidade, não à segurança.
O mel é considerado um “alimento eterno”, devido às suas propriedades que o mantém próprio ao consumo por muito tempo – Imagem: Flickr/reprodução
Alimentos que permanecem seguros após ‘vencerem’
A OCU (Organização de Consumidores e Usuários) europeia identificou alimentos que, se armazenados adequadamente, podem ser consumidos mesmo após o vencimento. Aqui estão cinco bons exemplos:
- Iogurte: pode ser consumido até três semanas depois da validade se estiver fechado, graças às bactérias probióticas em sua composição;
- Arroz e massas secas: duram anos se mantidos secos e longe da umidade;
- Chocolate: mesmo com uma camada esbranquiçada, é seguro comer;
- Mel: suas propriedades antibacterianas o tornam praticamente eterno quando bem armazenado, isto é, longe da umidade;
- Produtos enlatados: são seguros por anos, desde que a lata não esteja danificada.
Práticas seguras de armazenamento e consumo
Um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, alerta para o armazenamento inadequado, que pode tornar alimentos inseguros. É crucial observar cheiro, aparência e textura antes do consumo. Em caso de dúvida, o ideal é descartar o alimento para evitar qualquer risco.
Compreender as diferenças entre as etiquetas e seguir práticas adequadas de armazenamento pode reduzir o desperdício alimentar sem comprometer a saúde. Assim, é possível consumir com mais segurança e responsabilidade.