Atualmente, os celulares são quase indispensáveis na vida das pessoas. Além de permitirem o acesso às redes sociais, esses aparelhos se tornaram ferramentas de trabalho essenciais. Contudo, o uso constante de smartphones pode afetar a saúde dos usuários, principalmente quando o assunto é radiação emitida pelos aparelhos
O uso excessivo de celulares tem sido associado a problemas de sono, níveis elevados de cortisol, dores nas articulações e até dificuldades nos relacionamentos. Mas será que a radiação que eles emitem faz mal à saúde?
Lista de celulares que mais emitem radiação
Foto: Shutterstock
O Escritório Federal Alemão de Proteção contra Radiação realizou uma análise para identificar os celulares que mais emitem radiação.
A taxa de absorção específica (SAR – Specific Absorption Rate) foi utilizada para medir os níveis de radiação durante uma ligação com o celular no ouvido.
Os resultados foram expressos em watts por quilograma de peso corporal. Confira:
Posição | Modelo | SAR (W/kg) |
---|---|---|
1 | Motorola Edge | 1,76 |
2 | ZTE Axon 11 5G | 1,59 |
3 | OnePlus 6T | 1,55 |
4 | Sony Xperia XA2 Plus | 1,41 |
5 | Google Pixel 3 XL | 1,39 |
Por outro lado, apesar dos dados preocupantes, especialistas afirmam que não há necessidade de descartar os aparelhos devido à radiação emitida. |
Radiação dos celulares é perigosa?
Sempre que se fala em radiação, muitas pessoas associam o termo a algo perigoso. No entanto, nem toda radiação é igual.
Gayle Woloschak, professora de radiologia da Escola de Medicina Feinberg da Northwestern University, nos Estados Unidos, esclarece que não há evidências de que a radiação dos celulares cause danos ao DNA ou represente riscos sérios.
Já Emily Caffrey, professora assistente de física da saúde na University of Alabama at Birmingham, explica que smartphones emitem radiação para transmitir dados.
Embora essa radiação seja não ionizante, diferentemente da emitida por bombas atômicas ou máquinas de raio-X, que pode danificar o DNA, ela não é poderosa o suficiente para causar esse tipo de dano.
É o que completa Howard Fine, diretor do Brain Tumor Center no Centro Médico Presbiteriano de Nova York Weill Cornell. Ele reforça que a radiação dos celulares é não ionizante e, portanto, não é prejudicial como a radiação ionizante.
Por outro lado, apesar dos possíveis efeitos sobre a saúde, o uso consciente e moderado dos smartphones é o recomendado.
Resumindo: mesmo que seja importante estar ciente dos níveis de radiação emitidos pelos dispositivos, não há necessidade de pânico.
O essencial é utilizar os aparelhos de forma equilibrada, evitando excessos que possam causar outros problemas de saúde, além de impactos na qualidade de vida do usuário.