Albert Einstein, renomado físico do século 20, é amplamente reconhecido por suas descobertas brilhantes. No entanto, poucos sabem que ele acreditava ser essencial dormir pelo menos 10 horas por dia, um hábito que o distinguia da maioria das pessoas.
Enquanto o brasileiro médio costuma ter uma noite de sono de aproximadamente 6,4 horas por noite, segundo a Associação Brasileira do Sono, Einstein preferia longas noites e até cochilos ao longo do dia.
Esse comportamento, para ele, era fundamental para manter sua mente afiada e criativa. Mas será que essa rotina era a chave para o brilhantismo científico?
Físico em 1921, um ano antes de ganhar o Nobel, por descobertas sobre o efeito fotoelétrico – Imagem: reprodução/Wikipédia
Rotina de descanso inusitada de Albert Einstein
Einstein tinha uma técnica peculiar para controlar suas sonecas: a tática da colher. Ele se deitava com uma colher na mão e um prato metálico abaixo. Ao adormecer, a colher caía e fazia um barulho, o que o despertava. Dessa forma, ele evitava períodos de sono prolongados indesejados.
Além das sonecas planejadas, o físico era adepto de caminhadas e, diariamente, percorria os 2,4 km que separavam sua casa da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Tal exercício era um momento de reflexão e o ajudava a estimular sua criatividade antes de suas aulas.
A relação entre sono e genialidade
Embora a ligação direta entre o sono prolongado de Einstein e sua genialidade permaneça incerta, a ciência explora o impacto do sono na capacidade cognitiva. Estudos na Universidade de Lübeck indicam que dormir pode melhorar a capacidade de entender e executar tarefas complexas.
Durante o sono, o cérebro passa por ciclos, como o sono REM, fase crucial para a consolidação da memória. Enquanto dormimos, ocorrem pequenas “explosões” de atividade, conhecidas como fusos, associadas à inteligência fluida.
Tal fenômeno, destacado por Stuart Fogel, neurocientista da Universidade de Ottawa, no Canadá, sugere que quem tem mais fusos pode resolver problemas com maior eficácia.
Portanto, embora dormir por mais tempo, como Einstein fazia, possa aumentar a ocorrência de fusos, a relação direta entre sono prolongado e inteligência ainda não tem uma conclusão definitiva.
Contudo, o estudo do sono continua a revelar nuances fascinantes sobre o papel dele na cognição humana.