Descoberto pelo Observatório El Sauce no Chile, em 27 de dezembro de 2024, o asteroide 2024 YR4 apresenta um diâmetro estimado de 40 a 90 metros. Com uma probabilidade de 1,2% de impacto, a previsão é de que ele possa atingir a Terra em 22 de dezembro de 2032 e, assim, conseguir destruir cidades inteiras.
O potencial destrutivo do asteroide levou à mobilização de agências espaciais em todo o mundo. O risco foi classificado como nível 3 na Escala de Turim, que mede impactos de 0 a 10.
Diante disso, o Protocolo de Segurança Planetária da ONU foi acionado, o que mostra a seriedade da situação.
O relatório recebido pela NASA em 31 de dezembro de 2024 alertou sobre o comportamento incomum do asteroide.
Kelly Fast, especialista em defesa planetária, destacou a persistência do objeto em não desaparecer, como é comum, o que reforça a necessidade de vigilância constante.
Meteoro tem chance de 1,2% de se chocar contra a Terra – Imagem ilustrativa: reprodução/NASA Hubble Space Telescope/Unsplash
Vigilância internacional e estratégias de defesa
Com o objetivo de garantir uma resposta eficaz, a NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Rede Internacional de Alerta de Asteroides têm monitorado a trajetória do 2024 YR4. Uma solução em potencial é o impactador cinético, tecnologia capaz de desviar o asteroide ao lançar uma espaçonave contra ele.
O impacto do 2024 YR4 poderia liberar energia equivalente a oito megatons de TNT, isso supera em muito a bomba atômica lançada pelos EUA em Hiroshima em 1945. Um impacto em áreas urbanas geraria destruição em grande escala, enquanto a queda no oceano poderia produzir tsunamis que atingiriam cidades costeiras no mundo todo.
Estudos preliminares indicam que algumas regiões são mais propensas a sofrer com o impacto.
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Oceano Pacífico Leste
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América do Sul: Equador, Colômbia, Venezuela;
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Oceano Atlântico;
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Mar Arábico;
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África: Nigéria, Sudão, Etiópia;
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Ásia: Índia, Paquistão, Bangladesh.
Próximos passos e monitoramento
O 2024 YR4 vai passar novamente pela Terra em 17 de dezembro de 2028, o que possibilitará análises mais detalhadas para o refinamento dos cálculos e a previsão de riscos. A vigilância contínua é essencial para garantir que eventuais ameaças sejam tratadas com antecedência.
Embora o risco atual seja baixo, a comunidade científica permanece alerta, priorizando o acompanhamento de asteroides próximos à Terra para evitar surpresas indesejadas. As tecnologias e protocolos de segurança planetária são constantemente aprimorados para proteger o planeta dessas possíveis catástrofes.