A hora de acordar é uma escolha genética e não pode ser modificada, afirmam especialistas em cronobiologia.
Os seres humanos seguem um modelo de sono chamado ritmo circadiano, que relaciona o comportamento ao ciclo solar.
Cada pessoa possui um cronotipo, que é o relógio biológico próprio, controlando desde a produção de hormônios até comportamentos como dormir e acordar.
Cronotipos: qual é o seu?
Os cronotipos são divididos em três perfis:
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Matutinos — preferem acordar cedo e realizar atividades durante a manhã e à tarde;
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Vespertinos — gostam de acordar mais tarde e manter uma rotina de compromissos à noite;
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Intermediários — ficam entre os dois grupos acima.
Tais predileções são geneticamente determinadas, e não podem ser alteradas por vontade própria.
É importante entender que cada pessoa tem o próprio ritmo cotidiano – Imagem: Freepik/Reprodução
O núcleo supraquiasmático, localizado no cérebro, é responsável por sincronizar os comportamentos conforme a fase do dia, recebendo informações da retina sobre o claro ou o escuro do ambiente.
Por exemplo, o escuro é sinal para o corpo liberar a melatonina, hormônio que promove o sono, e o início do dia é marcado pelo pico de cortisol, indicando o momento de despertar e alerta.
Apesar das diferenças nos cronotipos, é importante que cada pessoa entenda o seu próprio ritmo e não tente forçar comportamentos que vão contra ele.
Mudanças no cronotipo ao longo da vida podem causar conflitos com os compromissos diários.
Por exemplo, um matutino pode ter dificuldade em estudar ou trabalhar à noite, enquanto um vespertino pode sentir sonolência no início da tarde.
Para melhorar a qualidade do sono, especialmente para quem dorme mais tarde e precisa acordar cedo, é crucial adotar práticas como concluir atividades mais cedo à noite, reduzir a exposição à luz, evitar estimulantes, como café e álcool, e respeitar a quantidade recomendada de sono.
Aderir a uma rotina adequada ao cronotipo de cada pessoa é essencial para evitar problemas de saúde e aumentar a qualidade de vida.
O desalinhamento entre o cronotipo e as atividades diárias pode aumentar o risco de morte e o desenvolvimento de problemas psicológicos, neurológicos, gastrointestinais, respiratórios e diabetes.
Portanto, é fundamental respeitar o relógio biológico ao manter práticas saudáveis para garantir um sono de qualidade e um estilo de vida mais equilibrado.
Com informações do site Gaúcha ZH (GZH).