Na última quarta-feira (28), o grupo Mogilevich, conhecido por atividades recentes de ransomware, alegou ter invadido os servidores da Epic Games, notória desenvolvedora do Fortnite, embora sem fornecer evidências concretas no momento. O ataque resultou no sequestro de aproximadamente 200 GB de dados sensíveis, incluindo senhas, informações pessoais e códigos-fonte de alguns jogos.
O grupo ameaçou vender os dados nesta segunda-feira (4) caso a Epic Games não pagasse o resgate, cujo valor era de US$ 15 mil. No entanto, em comunicado ao VGC, a Epic Games afirmou que, após investigação, não encontrou evidências de que as alegações fossem legítimas.
Agora, Pongo, representante do Mogilevich, enviou uma declaração ao Cyber Daily, confessando que o grupo não invadiu a Epic Games, mas tentou perpetrar um golpe diferente. Em vez de vender os dados internos da plataforma, planejavam comercializar sua falsa infraestrutura de ransomware para outros hackers.
“Agora a verdadeira questão é: por que confessar tudo isso quando poderíamos simplesmente fugir?“, perguntou Pongo ao Cyber Daily. E continuou: “Isso foi feito para ilustrar o processo do nosso golpe. Não nos consideramos hackers, mas sim gênios do crime, se é que você pode nos chamar assim“.
A veracidade dessa declaração do Mogilevich permanece incerta, uma vez que ainda não está claramente definido o objetivo pretendido pelo grupo com a ação. Entretanto, é certo que os dados da Epic Games permanecem protegidos, pelo menos por enquanto.
Epic Games se pronunciou na quarta-feira (28)
A Epic Games iniciou prontamente uma investigação sobre o suposto ataque hacker ainda na quarta-feira (28), quando emitiu a seguinte nota:
“Estamos investigando, mas atualmente não há evidências de que essas alegações são verdadeiras. A Mogilevich não contatou a Epic e nem providenciou qualquer prova sobre a veracidade das alegações. Quando vimos as alegações, que vieram de uma captura de tela de uma página darkweb, começamos a investigar em minutos e entramos em contato com a Mogilevich para pedir provas. A gangue não respondeu”, disse a empresa no comunicado.