Pesquisadores da Universidade Penn State publicaram um estudo que revisita as teorias sobre a existência de vida no universo e desafia a ideia de que a vida é um acontecimento raro. A pesquisa sugere que a vida, na verdade, pode ser parte da evolução natural dos planetas.
Durante décadas, astrônomos e biólogos debateram sobre a raridade da vida no cosmos. O modelo “hard steps”, por exemplo, propunha que eventos improváveis haviam levado à vida na Terra. Contudo, novos argumentos indicam que tais acontecimentos podem não ser tão raros em outros lugares do universo.
O novo estudo corrobora a visão de Carl Sagan, renomado cientista, ao sugerir que a vida pode surgir com mais frequência do que se acreditava, pois componentes essenciais para isso foram encontrados em asteroides e exoplanetas.
Universo pode reservar muitas surpresas para reles humanos – Imagem: Federico Beccari/Unsplash
Equação de Drake: estimativa da vida extraterrestre
A Equação de Drake, criada em 1961, é uma ferramenta para estimar civilizações inteligentes na Via Láctea e considera fatores como a formação de estrelas e planetas habitáveis. Os resultados variam, dependendo das estimativas, e ajudam a entender a rarefação ou abundância de vida.
Muitas missões espaciais, com a ajuda dos telescópios James Webb e Kepler, têm refinado dados da equação, reduzindo margens de erro e contribuindo para dar mais precisão às estimativas sobre vida extraterrestre.
Desafios ao modelo ‘hard steps’
O modelo “hard steps” descrevia a evolução da vida como uma série de passos raros, como a formação de moléculas autorreplicantes e organismos multicelulares. Novas evidências mostram que tais transições podem ocorrer com mais facilidade do que se pensava.
Os pesquisadores agora argumentam que as condições ambientais favoráveis desempenham papel crucial na evolução da vida, mais do que a simples sorte. Janelas de habitabilidade, como temperaturas adequadas e disponibilidade de nutrientes, são fatores essenciais nesse processo.
O estudo defende uma visão mais otimista sobre nossa posição no universo. A vida pode não ser um privilégio da Terra, mas uma consequência natural da evolução planetária.
Logo, a busca por vida em outros mundos ganha força, impulsionada pela compreensão de que a vida pode ser um fenômeno mais comum do que se pensava.