O TikTok e o Instagram têm sido redes sociais lucrativas para fotógrafos e designers que oferecem serviços de edição de imagem. A popularidade dos vídeos curtos, muitas vezes com o bordão “fotos que me pagaram para editar”, tem impulsionado a demanda por essas edições e gerado faturamentos mensais significativos.
Laura Cunha Postal, de 21 anos, é um exemplo de como a viralização nas redes sociais pode transformar carreiras. Natural de Chapecó, Santa Catarina, a catarinense passou a se dedicar integralmente à edição de imagens há dois anos e já alcançou um faturamento mensal de até R$ 30 mil.
A jovem encontrou nas plataformas uma maneira de quebrar barreiras pessoais, como a timidez, e transformar sua paixão em um negócio próspero. A jornada começou com o aprendizado autodidata por meio de vídeos no YouTube e evoluiu para um negócio que atende a uma fila de espera significativa.
Edição de imagens tem se tornado uma carreira bastante lucrativa – Imagem: Md Iftekhar Uddin Emon/Pexels
Edições que viralizam nas redes sociais
Outro nome que ganhou destaque é Jean Lucas, de 23 anos, de Cascavel, Paraná. Com uma base de seguidores de mais de 340 mil no TikTok, Jean se afastou da engenharia civil para abraçar a fotografia e a edição de imagens. Com o uso de vídeos virais, ele consegue atrair milhares de clientes.
Jean destaca que o TikTok não apenas complementa sua renda com monetização, mas também se tornou uma plataforma essencial para conquistar novos clientes. A cada vídeo postado, um aumento expressivo nas solicitações de edição é registrado, o que gera uma média de R$ 19 mil mensais.
Desafios do novo modelo de trabalho
Por outro lado, especialistas como Vanilson Coimbra, professor de fotografia publicitária no Centro Universitário Belas Artes, e Issaaf Karhawi, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), alertam sobre os desafios dessa nova era digital.
As redes sociais oferecem uma plataforma poderosa para divulgação, mas trazem consigo a necessidade de equilibrar a exposição com a formalização do trabalho.
Julia Guinami, de 22 anos, é um exemplo de quem abandonou o emprego formal para buscar liberdade como autônoma. Com um faturamento mensal de R$ 7 mil, ela aproveita a flexibilidade do TikTok para divulgar seu trabalho, embora reconheça a importância de uma rotina organizada.
Regularização e formalização
A formalização é um ponto-chave para consolidar o sucesso neste mercado digital. Segundo Gabriel Santana Vieira, advogado de direito tributário, o registro como Microempreendedor Individual (MEI) ou mesmo a criação de uma Microempresa (ME) são passos cruciais para garantir direitos e evitar problemas tributários.
Em um cenário em que a fronteira entre trabalho e vida pessoal se torna difusa, a regularização é vital para profissionalizar o ofício e abrir novas oportunidades comerciais. Tais passos não apenas garantem segurança, mas também fortalecem a credibilidade dos profissionais no mercado.
* Com informações do portal de notícias G1.