Na última quarta-feira (17), os cientistas compartilharam uma emocionante descoberta: encontraram ossos de um enorme réptil marinho.
De acordo com o estudo publicado na revista PLOS One, esse gigante fazia parte de uma família de predadores aquáticos chamada ictiossauros.
Durante o período entre 2020 e 2022, várias partes dessa recém-descoberta espécie foram progressivamente desenterradas no território do Reino Unido.
O achado inaugural ocorreu quando o primeiro fragmento do fóssil foi avistado proeminentemente no topo de uma rocha à beira-mar.
O estudo científico detalha os restos do réptil como uma coleção minuciosa de 12 fragmentos do osso surangular, uma estrutura vital localizada na porção superior da mandíbula inferior.
Levando em conta a projeção de que o osso tinha 2 metros de comprimento, os pesquisadores concluem que o tamanho total do réptil em vida tenha sido monumental, estimando cerca de impressionantes 25 metros!
O animal recebeu o nome de Ichthyotitan severnensis — ou ictiossauro — uma espécie de peixe-lagarto gigante do Severn, em homenagem ao local onde foi descoberto.
Ichthyotitan severnensis é uma espécie de peixe-lagarto e foi encontrado no Reino Unido – Foto: Stefan Czapski/Wikimedia Commons
Conhecendo o ictiossauro
Além dos fósseis do gigantesco réptil marinho, os pesquisadores fizeram uma descoberta adicional intrigante: evidências sugerem que, durante o período em que essa espécie habitava, a região foi marcada por eventos sísmicos significativos, incluindo terremotos e tsunamis.
Esses indícios foram revelados através da análise detalhada das rochas encontradas no local das escavações.
Após minuciosa análise, o grupo de pesquisadores chegou à conclusão de que a espécie habitou um período marcado por intensa atividade vulcânica.
Esta descoberta sugere uma possível conexão entre esse cenário vulcânico e a extinção da espécie no final do período Triássico.
Os ictiossauros eram criaturas que viveram na era Mesozoica, principalmente durante o período Triássico e o início do período Jurássico.
Eles possuíam corpos hidrodinâmicos adaptados para nadar rapidamente na água e podiam variar muito em tamanho, chegando a ultrapassar os 15 metros de comprimento.
Estudos revelam que os ictiossauros compartilhavam a necessidade de retornar à superfície com frequência para respirar, uma característica semelhante ao comportamento observado em golfinhos e baleias na atualidade.
Estima-se que os ictiossauros eram provavelmente carnívoros, alimentando-se de peixes e outros animais marinhos.
Esses animais também tinham dentes afiados, adequados para capturar e segurar presas, e um crânio alongado que ajudava na sua eficiência hidrodinâmica.
Atualmente, mais de 100 espécies de ictiossauros são conhecidas, mas a equipe acredita que não se trata apenas de uma nova espécie, mas sim de um gênero completamente novo de ictiossauro.