Muitos já ouviram falar sobre a temida expressão “Mercúrio retrógrado“, especialmente no contexto astrológico. Para alguns, esse fenômeno está associado a influências energéticas complexas que afetam diversas áreas da vida. Mas o que a ciência tem a dizer sobre isso?
No campo da astronomia, o termo Mercúrio retrógrado possui explicações bem definidas que se afastam das crenças místicas.
Esse fenômeno é observado quando o planeta parece, do ponto de vista terrestre, estar se movendo na direção contrária no céu. Essa ilusão óptica ocorre várias vezes ao ano.
A superfície de Mercúrio é praticamente plana, semelhante à da Lua – Imagem: Pixabay/reprodução
O que é o Mercúrio retrógrado, cientificamente falando?
Em média, três a quatro vezes anualmente, Mercúrio parece retroceder no céu, criando o que chamamos de movimento retrógrado aparente. Isso ocorre devido às diferentes velocidades e distâncias dos planetas em suas órbitas ao redor do Sol.
Do ponto de vista da Terra, os planetas seguem trajetórias que ocasionalmente parecem se inverter. No entanto, em suas órbitas, eles sempre se movem em uma direção fixa. Portanto, essas inversões são apenas ilusões de ótica.
Mercúrio, com uma órbita excepcionalmente curta de apenas 88 dias terrestres, exibe mais frequentemente esse aparente retrocesso. Durante cerca de três semanas, ele parece se mover para trás no nosso céu.
Datas de Mercúrio retrógrado em 2025
Em 2025, Mercúrio estará envolvido em movimento retrógrado aparente nas seguintes datas:
- 15 de março a 7 de abril;
- 18 de julho a 11 de agosto;
- 9 a 29 de novembro.
Movimento retrógrado nos planetas externos
Marcelo Zurita, da Associação Paraibana de Astronomia, explica, em matéria do Olhar Digital, que planetas com órbitas externas, como Marte, exibem um “laço” retrógrado quando vistos da Terra. Isso ocorre porque a Terra os ultrapassa em suas órbitas.
Para planetas interiores, como Mercúrio, são eles que nos ultrapassam. Resultando na observação de movimentos que formam uma parábola ao redor do Sol.
Neste ano, além de Mercúrio, Netuno e Saturno entrarão em movimento retrógrado em julho, seguidos por Urano em setembro e Júpiter em novembro.
Explicações como essa só reforçam que crenças antigas como a astrologia têm base em fenômenos astronômicos reais, observáveis no céu noturno.