A China impôs novas diretrizes para animes transmitidos em seu território. As produções, populares entre os jovens, agora devem alterar a cor do sangue, com a intenção de evitar imagens chocantes.
A medida afeta diretamente animes célebres como ‘Demon Slayer’ e ‘Kimetsu No Yaiba’, conhecidos por suas cenas gráficas. A decisão visa proteger as audiências mais jovens, mas gerou polêmica quanto à alternativa escolhida: sangue branco.
A decisão por essa cor gerou reações imediatas e críticas consideráveis entre os fãs. Muitos apontaram o líquido branco como uma solução ineficaz e potencialmente problemática e, assim, o debate se expandiu rapidamente para as redes sociais.
Comparação feita no X entre cena de anime com sangue vermelho e sangue branco – Imagem: X
Repercussão nas redes sociais
Imagens alteradas de várias séries populares surgiram online, algumas criadas por fãs, outras por produtores oficiais. A troca do vermelho pelo branco provocou piadas e comentários sarcásticos.
Nas redes sociais, usuários não tardaram em manifestar suas opiniões, com muitos postando montagens humorísticas. A decisão da China foi amplamente criticada e é vista como uma abordagem equivocada.
Alguns especialistas questionam a eficácia dessa abordagem, argumentando que o uso da cor branca pode ser ainda mais perturbador ou ambíguo. Outros acreditam que a medida desvia o foco da violência e pode confundir jovens espectadores.
Apesar das críticas, a China parece firme em sua decisão e continua a estabelecer suas regras culturais e de comunicação à produção de conteúdo, algo que também ocorre em países do Ocidente. A diretriz ilustra um esforço contínuo de controle sobre o que considera conteúdo inapropriado.
Embora o objetivo seja proteger o público jovem, a escolha gerou um debate global sobre censura e liberdade cultural. A alteração, vista como extrema por muitos, levanta questões sobre a interferência em produtos culturais estrangeiros.
À medida que o debate continua, resta saber se a China vai ajustar suas diretrizes ou se os produtores internacionais se adaptarão a essa nova realidade para manter sua presença no mercado chinês.