Um recente anúncio feito pela NASA tem gerado grande agitação no mundo científico. A agência espacial dos Estados Unidos revelou a possível presença de um planeta desconhecido, além da órbita de Netuno, na borda do sistema solar.
Denominado de “Planeta X” ou “Planeta Nove”, essa descoberta tem despertado discussões entre astrônomos e cientistas, além de deixar os entusiastas de astronomia com os nervos à flor da pele.
Enquanto parte da comunidade científica está convencida da existência deste planeta, outros especialistas permanecem céticos.
A principal questão que emerge é se estamos realmente diante de um novo corpo celeste ou se a hipótese poderia se referir a um buraco negro primordial. Esta dúvida tem gerado debates acalorados sobre a natureza do fenômeno.
O que sabemos sobre o tal “Planeta Nove”?
Segundo a NASA, o Planeta Nove teria uma massa de cinco a sete vezes maior do que a da Terra. Porém, sua localização distante e falta de luminosidade dificultam a observação direta.
Especialistas sugerem que ele seria a causa de anomalias nas órbitas de corpos no Cinturão de Kuiper, uma vasta região repleta de pequenos objetos celestes.
O cientista Konstantin Batygin, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, lidera a pesquisa sobre esses corpos transnetunianos. Sua equipe é a responsável por ligar essa hipótese a certas irregularidades observadas na região.
No entanto, a ausência de imagens diretas continua a ser um obstáculo significativo para comprovar sua existência desse corpo celeste desconhecido.
Será que existe mesmo um nono planeta no sistema solar? – Imagem: Shutterstock/reprodução
Controvérsias e ceticismo
Apesar do entusiasmo de alguns pesquisadores, muitos astrônomos questionam a hipótese de existência do Planeta X.
Conforme já foi citado acima, alguns teorizam que o fenômeno observado poderia ser um buraco negro primordial, remanescente do Big Bang. Essa teoria sugere que uma região escura e invisível foi criada por colapsos gravitacionais.
Para a pesquisadora Malena Rice, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o problema é mesmo a falta de imagens diretas que possam elucidar as dúvidas.
Rice pondera, em matéria do Gizmodo Espanha, que o ideal é aguardar novos dados, que sejam mais concretos, para esclarecer o mistério.
Novas ferramentas podem ajudar a resolver esse mistério
A NASA está desenvolvendo o Observatório Vera C. Rubin, uma câmera digital de ponta projetada para capturar imagens detalhadas do espaço.
Prevista para começar a operar ainda em 2025, essa tecnologia poderá fornecer as provas necessárias para confirmar ou refutar a existência do Planeta Nove.
Com a capacidade de análise precisa dos TNOs, o Vera C. Rubin pode revolucionar nossa compreensão do sistema solar como um todo.
A comunidade científica aguarda ansiosamente por novas evidências que possam esclarecer este enigma astronômico e abrir novos horizontes na astronomia moderna.