Você já percebeu que escolher um filme ou série em plataformas de streaming se transformou em um verdadeiro desafio? A vasta oferta disponível dificulta a decisão, transformando um momento de lazer em uma tarefa complicada.
E o pior é que decidir o que assistir durante o tempo livre torna-se uma missão exaustiva, afetando o nosso bem-estar mental. Serviços como Netflix, Prime Video e Disney+ oferecem uma cada vez maior variedade de possibilidades, o que coloca ainda mais lenha nessa fogueira.
O fenômeno conhecido como “fadiga de decisão” ilustra bem essa dificuldade. Esse termo, associado ao esgotamento mental, descreve o cansaço causado pela necessidade de analisar inúmeras opções.
Essa condição é especialmente relevante no contexto atual de streaming, mas já era presente no passado, quando as pessoas tinham que ir até uma locadora para escolher um filme.
Entendendo a “fadiga de decisão”
De acordo com o psicólogo Barry Schwartz, em fala ao The Clinic, mais opções disponíveis à escolha podem resultar em uma decisão final menos satisfatória.
Essa abundância gera sentimentos de culpa e decepção. A expectativa de encontrar o entretenimento perfeito eleva a pressão e a frustração.
Com as plataformas de streaming cada vez mais lotadas de conteúdo, escolher o que assistir tende a ficar ainda mais complicado – Imagem: Freepik/reprodução
Estatísticas sobre a escolha
Em pesquisa mencionada em matéria do site The Clinic, podemos entender em números a dificuldade de se escolher algo para assistir nos streamings.
Os jovens entre 18 e 24 anos são os que mais demoram para decidir. Cerca de 45,2% desse grupo leva de cinco a dez minutos. Em contrapartida, 16,8% demoram menos de cinco minutos e 22,1% entre dez a 15 minutos.
Veja um panorama de percentuais completo com base na quantidade e minutos gastos até a decisão:
- Menos de 1 minuto: 2,6%
- Até 5 minutos: 28,3%
- Até 10 minutos: 44,2%
- Até 15 minutos: 15,9%
- Mais de 15 minutos: 9,2%
Como as plataformas podem ajudar a melhorar isso?
Os serviços de streaming, cientes dessa dificuldade enfrentada por seus usuários, têm desenvolvido algoritmos para aprimorar a experiência do usuário.
Eles sugerem conteúdos personalizados, baseados em dados de visualização, para minimizar o tempo de escolha e evitar que os usuários abandonem a plataforma sem assistir nada.
Mas os próprios usuários podem tentar melhorar isso tomando atitudes como segmentar a escolha de filmes ou séries por tema ou gênero, por exemplo.
A implementação de sistemas inteligentes melhora a experiência do usuário, mas o dilema da escolha ainda persiste. Por isso, chegar ao equilíbrio entre diversidade e decisão eficiente continua a ser um objetivo para as plataformas de streaming.