A tecnologia avança a passos largos, trazendo soluções inovadoras para desafios contemporâneos. Neste cenário, a empresa alemã Billy Boy surpreende com o lançamento de um aplicativo chamado CAMDOM. Este avanço visa aumentar a segurança em situações íntimas.
O aplicativo, batizado de “Preservativo digital“, propõe-se a prevenir a divulgação não consentida de conteúdo íntimo. Diferentemente do que o nome sugere, esse app não é um item físico, mas sim uma poderosa ferramenta digital. Ele é tão fácil de usar quanto um preservativo tradicional.
A prática conhecida como “revenge porn“, em português, “pornografia de vingança”, é um problema crescente na era digital. Nessas situações, imagens ou vídeos íntimos são divulgados sem o consentimento da pessoa envolvida. Este aplicativo surge como uma solução preventiva eficaz.
Como funciona o aplicativo CAMDOM
Foto: Divulgação
A principal função do CAMDOM é impedir a captura e a distribuição não autorizada de fotos, vídeos e áudios durante encontros íntimos. Ao usar o aplicativo, os usuários podem se sentir mais seguros contra a exposição indesejada de sua privacidade.
“Revenge porn”, ou pornografia de vingança, envolve a partilha não consentida de conteúdo íntimo. Esse fenômeno ocorre frequentemente após o término de relacionamentos e visa prejudicar a vítima. O CAMDOM oferece uma barreira contra essa invasão de privacidade.
- “Revenge porn” é considerado crime em muitos países, incluindo Portugal.
- A prática é vista como uma violação da privacidade e forma de violência psicológica.
- As vítimas são incentivadas a buscar ajuda das autoridades competentes.
E no Brasil? Quais são as implicações legais?
Em Portugal, a partilha de imagens íntimas sem permissão é crime e pode ser enquadrada no Código Penal. Tal ato constitui abuso e violência digital, causando danos profundos à vida da vítima. A denúncia às autoridades, como a Polícia Judiciária, é fundamental.
O lançamento do CAMDOM pela Billy Boy representa um avanço na proteção da privacidade pessoal em um mundo cada vez mais digital. Este app busca equipar indivíduos com uma ferramenta para resguardar suas vidas íntimas, promovendo segurança e tranquilidade.
Vale lembrar que, no Brasil, o artigo 218-C do Código Penal, criado em 2018, define como crime a prática de oferecer, compartilhar, transmitir, vender, distribuir ou divulgar, por qualquer meio, incluindo a internet, materiais como fotos, vídeos ou registros audiovisuais que contenham pornografia ou nudez sem autorização da pessoa envolvida. Isso também se aplica a conteúdos que exibam ou incentivem cenas de estupro, estupro de vulnerável ou relações sexuais.
Mesmo quem apenas recebe uma foto íntima, por exemplo, no WhatsApp e decide repassá-la, sem ter sido responsável pela exposição inicial, também pode ser responsabilizado legalmente.