A ameaça de um asteroide em direção à Terra tem gerado preocupação entre cientistas e governos. O asteroide 2024 YR4 apresenta uma possibilidade significativa de impacto para 2032.
O temor cresceu após estimativas recentes indicarem que a chance de colisão do asteroide 2024 YR4 aumentou de 1,2% para 3,1%. Ao acompanhar de perto o astro, a NASA espera que tal probabilidade diminua.
Enquanto isso, Richard Moissl, chefe de defesa planetária da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), assegura que não estamos desprotegidos e enfatiza a importância da calma, mesmo que a chance de impacto atinja 100%.
Colisão de asteroide sobe de 1,2% para 3,1% – Imagem ilustrativa: reprodução/NASA – Telescópio Espacial Hubble/Unsplash
Métodos de defesa contra asteroides
Apesar de as possibilidades de impacto terem aumentado, especialistas afirmam que as opções de defesa estão disponíveis, e é crucial que medidas sejam tomadas rapidamente, conforme o alerta da NASA.
Colisão espacial
Uma abordagem eficaz seria enviar uma espaçonave para colidir com o asteroide. Essa técnica foi testada com sucesso em 2022, durante a missão DART da NASA, que alterou a órbita do asteroide Dimorphos.
Explosões e lasers
Uma opção mais extrema seria aplicar bombas nucleares para explodir o asteroide. No entanto, tal estratégia levanta questões éticas e legais.
Lasers também foram testados em laboratório como uma solução potencial, mas ainda não são uma prioridade.
Opções inovadoras
Ainda seria viável equipar uma nave com propulsores para desviar o asteroide com um fluxo constante de íons, ou pintar o asteroide de branco para aumentar sua refletividade e mudar sua trajetória.
Trator gravitacional
Outra solução seria usar um ‘trator gravitacional’, um método que envolve uma espaçonave voando próxima ao asteroide, sem tocá-lo, desviando-o através da sua atração gravitacional.
Se todas as tentativas falharem, a destruição de cidades é possível. Porém, a previsão antecipada do impacto permitiria evacuações, o que iria minimizar os danos.
Moissl ressalta que estratégias devem ser decididas coletivamente por líderes mundiais, e não apenas por agências espaciais.